sexta-feira, 13 de abril de 2007

Carro: inimigo do meio ambiente

Todos os dias são vistos circulando pelas ruas das grandes metrópoles do Brasil, um número cada vez maior de automóveis. De acordo com o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) entre 1986 a 2006, a frota nacional subiu de 10 milhões para 25 milhões de veículos. Ultimamente, o setor automobilístico vem sendo estimulado pelo aumento da renda e do crédito ao consumidor e pela ampliação dos prazos de financiamento, com prestações em até 72 meses para o cliente pagar. Assim, com essas vantagens oferecidas pelo setor, a população tem tido a oportunidade de realizar um antigo sonho, adquirir seu carro próprio e assim desfrutar e proporcionar momentos de conforto e tranqüilidade para si, e a sua família.

Porém, nem tudo são flores. Com essa crescente demanda de automóveis nas grandes cidades muitos problemas têm se acentuado, como os intermináveis engarrafamentos, a proliferação de doenças respiratórias e principalmente, a poluição do meio ambiente através da emissão de monóxido de carbono, gases que aumentam o efeito estufa e que contribuem para o aquecimento global. Segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) os veículos são um dos principais inimigos do ambiente.

Em 1986, conforme a Proconve, um veículo brasileiro emitia, em média, 54 gramas de monóxido de carbono por quilômetro rodado, sendo que em 2006, essa taxa caiu para 0,3 gramas por quilômetro. Mesmo com a diminuição de poluentes no ambiente, um avanço do setor, deve-se convir que a quantidade desses meios de transportes nas ruas tem se tornado algo excessivo e preocupante, trazendo ainda um outro agravante, muitos desses veículos tem circulado de forma irregular por falta de uma manutenção preventiva de seus proprietários.

Assim, deve-se pensar em ações conjuntas que integrem todas as esferas da sociedade, como a civil, governos federais, estaduais e municipais para se engajarem em divulgar campanhas educativas e ações que possam combater esse grave problema. È preciso correr contra o tempo, pois, o meio ambiente encontra-se saturado.

A população deveria ser estimulada a mudar alguns hábitos como: andar mais de bicicleta, a pé, pegar ônibus, metrô ou trem para chegar a seus lugares de destino, não ficar apenas atrelado a um carro, e se este possuir um veículo, fazer periodicamente uma revisão. As cidades também deviam oferecer a população ciclovias em diversas vias públicas, transportes públicos de melhor qualidade para assim, incentivar a população a usufruir desses mecanismos de locomoção, e evitar danos ainda maiores ao meio ambiente.

Um comentário:

Patricia Moura disse...

Em Salvador, tirando as ladeiras e o fato de chegar suada no trabalho, até que daria pra ir de bicicleta. Ainda mais pensando que nosso sistema de transporte público é pra lá de deficitário...pra não dizer outras coisas.