terça-feira, 17 de abril de 2007

Pode faltar energia no Brasil a partir de 2010



Para evitar o racionamento, os empreendimentos vencedores do leilão de energia nova, que será realizado pelo governo federal no final de maio, precisarão ser concluídos até 2010.Segundo estudo do Instituto Acende Brasil, responsável pelo monitoramento da oferta de energia no país, as chuvas do início do ano contribuíram para evitar o desabastecimento de energia em 2007 e 2008.No entanto, a partir de 2009, o risco de racionamento no Sudeste, principal região consumidora do país, subirá para 5% -- o limite máximo considerado aceitável pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Esse indicador deverá aumentar para 8% em 2010 e 14% em 2011, quase o triplo do recomendado. Apesar de o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - prevero acréscimo de 12.386 megawatts na geração de energia até 2010, suas obras não são suficientes para evitar a falta de energia, já que têm como objetivo principal não investir em projetos novos mas acelerar a conclusão de obras já previstas.

Artigo de Rubem Alves


Cuidados paliativos, por Rubem Alves

Crescimento sem limites num planeta que tem limites não é possível. Uma hora o "Dia do Julgamento" chega
FAZ ALGUNS ANOS escrevi um livrinho no qual falava sobre a necessidade de se criar uma nova especialidade ("O médico", Ed. Papirus). Assim eu argumentava:A vida começa com uma chegada. Termina com uma despedida. Chegada e partida são, igualmente, partes da vida.A gente prepara com carinho e alegria a chegada. Tem de preparar também com carinho e tristeza a despedida. A obstetrícia é a especialidade que cuida dos que estão chegando.Pensei então na necessidade de se criar uma especialidade que cuidasse dos que estão se despedindo. Até inventei um nome para ela: "morienterapia", combinação de duas palavras: "moriens", "que está morrendo" e "therapeuein" que quer dizer "cuidar".Passado o tempo fiquei sabendo que uma nova especialidade havia nascido: "cuidados paliativos". "Paliativo" é algo que alivia mas não resolve. O diagnóstico está feito mas os médicos sabem que não há nada a ser feito: o paciente vai morrer.Os que se dedicam aos cuidados paliativos são aqueles que, sabendo da inutilidade dos tratamentos, ficam ao lado do enfermo para garantir que a sua partida seja a menos dolorosa possível, sem dores nem ansiedade. Acho isso uma coisa muito bonita.Os "cuidados paliativos" me vieram à cabeça quando pensei nessa enferma tão querida, a nossa Terra, mãe de onde viemos e de quem dependemos. Se ela morrer, morreremos também.Sou favorável a todas as medidas para prolongar a sua vida: educação, reflorestamento, proteção das florestas e dos mananciais de água, despoluição dos rios, diminuição da emissão de gases pelos aviões, carros e fábricas...Mas todas essas medidas são "cuidados paliativos". Não evitarão que nossa Terra morra. Elas não vão às raízes da enfermidade mortal.Quando a doença é feia e provoca dor, a gente se movimenta. Mas a enfermidade de que sofre a Terra é prazerosa, cria objetos maravilhosos que todos desejam e os países brigam uns com os outros para ter mais dessa deliciosa enfermidade. Enquanto os cientistas anunciavam o efeito estufa em Paris, no Brasil os governantes e economistas discutiam medidas para que ficássemos mais doentes e mais felizes!"Crescimento econômico": esse é o nome da doença. Há muito que se sabe que a Terra sofre dessa doença. Foi anunciado em 1968 pelo "Clube de Roma" no seu relatório "Os limites do crescimento". Crescimento sem limites num planeta que tem limites não é possível. Mais cedo ou mais tarde o "Dia do Julgamento" chega. Mas ninguém ligou.Essa doença é mortal porque, para haver crescimento econômico é preciso que haja aumento no consumo de energia. Aumento de energia implica aumento do calor na superfície da Terra. O aumento do calor, por sua vez, aumentará o ritmo do aquecimento global. Já se fazem previsões sinistras sobre o que acontecerá quando os bilhões de chineses, acometidos da deliciosa doença do "crescimento econômico", atingirem o nível de "prosperidade" dos Estados Unidos...Resta-nos o conselho que o médico deu a Manoel Bandeira, tuberculoso:- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito está infiltrado.- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Jornalismo Ambiental

Pessoas,
convido vocês a visitarem o site www.jornalismoambiental.jor.br. Criado pelo jornalista gaúcho Roberto Villar Belmonte (www.rvb.jor.br) e depois assumido pelo Núcleo de Ecojornalistas do RS / NEJS (www.nejrs.org.br), o objetivo é, em parceria com a Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental - RBJA - divulgar as suas ações, código de convivência e viabilizar uma interface de relacionamento com seus participantes. Também há trabalhos acadêmicos que envolvam o Jornalismo Ambiental, selecionados por pós-graduados na área, notícias sobre eventos e acontecimentos da área. (descrição retirada do site). Dá pra encontrar artigos, trabalhos acadêmicos e tem até um link para uma agência de notícias ecológicas www.ecoagencia.com.br .

curso online

Descobri algo que parece bom para nós...

Existe um curso à distância para ensinar jornalistas a cobrirem melhor o tema "meio ambiente" com as incrições abertas e início das aulas em 25 de abril. São dez aulas. O professor é Wilson Bueno, doutor em jornalismo científico. O custo, R$150. O endereço para saber mais? http://www.comunicacaoadistancia.com.br

Estou fazendo um curso à distância em outra área e a experiência está sendo bem legal.

Em 20 anos, veículos deixam de emitir 94% de gases na atmosfera


O ar que se respira nas metrópoles brasileiras está mais leve, graças a uma redução drástica nos índices de poluição dos carros. A emissão de monóxido de carbono (CO), um dos gases mais tóxicos para a saúde humana, foi reduzida em 99% nos últimos 20 anos, segundo levantamento divulgado ontem pelo Ministério do Meio Ambiente e o Ibama. Na média, a emissão de gases veiculares foi reduzida em 94%, incluindo outros itens venenosos como hidrocarbonetos (95%), monóxidos de nitrogênio (94%) e aldeídos (92%).



O impacto dessa redução repercutiu imediatamente nas estatísticas médicas e produziu uma economia estimada em US$ 1,3 bilhão em dez anos por conta de internações e tratamentos evitados. A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) calcula que, de 1996 a 2005, foram evitadas 15 mil mortes por doenças cardíacas e pulmonares só na região metropolitana da capital paulista. Esse número pode ser no mínimo o dobro no País. “Há muito por fazer, mas, sem dúvida, esse é um gol de placa”, comemorou o presidente do Ibama, Marcos Barros.


Pegada ecológica


Alguma vez você pensou na quantidade de Natureza necessária para manter o seu estilo de vida? Já imaginou avaliar o impacto no Planeta das suas opções no dia-a-dia, daquilo que consome e dos resíduos que gera? Com este questionário ficará a conhecer esse impacto.
Este Teste calcula a sua Pegada Ecológica fazendo uma estimativa da quantidade de recursos necessários para produzir os bens e serviços que você consome e para absorver os resíduos que produz.ATENÇÃO! O RESULTADO DESTE QUESTIONÁRIO PODERÁ SURPREENDÊ-L@.

A PEGADA

Aborda a inserção da pegada ecológica enquanto instrumento capaz de revelar quanto de área produtiva de terra e de mar do planeta é necessário para prover os recursos e assimilar os resíduos gerados pelas atividades humanas. Uma análise biofísica, por um lado, reflete a realidade ecológica para um futuro mais seguro e melhor. Por outro lado, mostra que o empreendimento humano não pode ser expansionista infinitamente sobre os recursos da natureza. Dessa maneira, é possível estabelecer benchmarks para uma avaliação do grau de sustentabilidade em diferentes níveis de abrangência.


Veja no site: http://www.earthday.net/footprint/index.asp e veja qual pegada você tem! E ainda digite “Pegada ecológica” no google!

domingo, 15 de abril de 2007

Cientistas pedem mais pressão externa para proteger Amazônia


Antropólogo sugere também que a comunidade internacional pague uma espécie de mesada para que o governo brasileiro ´se comprometa a fundo´ na preservação

BRUXELAS - A comunidade internacional deveria exercer mais pressão sobre o governo brasileiro em favor da preservação da floresta amazônica, de acordo com estudiosos entrevistados pela BBC Brasil.

“O desaparecimento da Amazônia teria conseqüências reais em todo o mundo, e a comunidade internacional não está fazendo o suficiente para evitar isso”, afirma François-Michel Le Tourneau, geólogo do Centro de Pesquisa e Documentação sobre a América Latina.
“Se parte da floresta desaparacer, a evaporação que deveria formar chuvas sobre a Amazônia vai ser direcionada para o sul do continente e até para a Europa, devido à mudança no sistema geológico da região."

De acordo com o especialista, o resultado disso será um clima cada vez mais seco na Amazônia, enquanto que São Paulo, Buenos Aires e até algumas áreas da Europa deverão sofrer com chuvas mais intensas e inundações. leia mais